sexta-feira, junho 16, 2006

soaCaos

pensando em várias coisas, sem saber definir o que eu sinto, sem saber mesmo o que está se passando e sabendo que fatidicamente todas essas coisas juntas me levariam mais hora, menos hora ao caos, resolvi encurtar o caminho e pegar um atalho que me levaria direto a ele...
e posso dizer, sem erro, que o caos existe e não é apenas um estado de espírito... sim, o caos é palpável. essas palavras que escrevo, mais especificamente esse papel onde as desenho, pode ser manuseado e esse papel é o caos. a lágrima que deixarei correr daqui há alguns minutos deixará um rastro nas maçãs do meu rosto, onde percorrerão drásticamente um caminho tortuoso até os meus lábios e, então, minha língua provará o gosto que tem o caos.
fumarei um cigarro atrás do outro, fazendo com que o ambiente onde eu esteja vire uma neblina, e quem entrar nele sentirá o odor forte da nicotina e do queimado, e sentirá também a densidade do recinto, e tudo isso será uma experiência de contato com o caos. enquanto eu estiver no caos o caos estará em mim e me acompanhará por onde eu for, e quem estiver ao redor estará no caos sem estar no caos, porque o caos não é apenas um estado de espírito. eu serei o caos e estarei nele, e os outros apenas poderão constatar a sua existência e provar de algumas emanações provenientes dele. mas nem eu, nem ninguém, poderá defini-lo... por mais que não tente.